Dia sete de abril é o dia mundial da saúde. Quando pensamos nessa palavra, nos remetemos imediatamente a hospitais, e a tratamentos médicos, mas esquecemos de um fator muito importante, que é o cuidado com o nosso corpo no dia a dia, e consequentemente com mais qualidade de vida.

Hoje, não podemos pensar em viver uma vida saudável, com hábitos saudáveis, se levarmos em conta as condições que o homem está sujeitando a natureza. A influência antropocênica e suas consequências têm efeitos que vão além de mudanças de temperatura e desastres ambientais.
A qualidade do ar, por exemplo, que fica cada vez mais poluído, é responsável pela morte de sete milhões de pessoas por ano. O aumento da concentração de dióxido de carbono aumenta a quantidade de resíduos e partículas que danificam os pulmões e as vias aéreas. Isso sem contar com aumento de riscos de câncer de pele e catarata, causados pela diminuição do ozônio na atmosfera, que protege a terra dos raios ultravioleta emitidos através do sol.
Não é só a saúde dos humanos que fica comprometida, mas também a dos animais. As abelhas, por exemplo, são muito sensíveis as mudanças climáticas. E quando são expostas a altas temperaturas, a atividade destes insetos fica letárgica, prejudicando suas funções, inclusive a polinização de flores.
Isso não parece nos afetar diretamente, mas sem agentes polinizadores, muitas flores que dependem desta atividade para se reproduzirem são prejudicadas, incluindo o mal desenvolvimento da agricultura. No Brasil, 50% desta atividade depende da polinização, e assim como as flores dependem das abelhas, nós dependemos da agricultura.
O desequilíbrio climático também pode alterar a população de insetos gerando mais pragas e invasões em plantações. Assim, mais pesticidas e produtos químicos deverão ser consumidos, portanto, estamos colocando no prato mais veneno e toxinas, que são causadores de câncer e de diversos tipos de contaminações.
Os efeitos indiretos do aquecimento global podem não estar tão iminentes agora, mas nos próximos anos, caso não ocorra uma mudança urgente, eles serão catastróficos.
Texto por Flávia Sasek/ Revisão: Davi Iabroudi