Segundo o ranking ‘Our World in Data’, dos países que mais lançam plásticos nos oceanos, o Brasil é a única pátria não asiática a entrar na lista dos 10 primeiros. O país que está nesta liderança é a Filipinas, arquipélago que possui mais de sete mil ilhas, responsável por lançar aos mares 35% do total deste tipo de material no mundo.
O continente asiático tem um grande problema com este descarte: 75% deste resíduo nos mares deriva de países como Índia, Malásia, China, Indonésia, entre outros. Vale ressaltar, que existe uma diferença entre emissor e produtor. A China, por exemplo, gera 10 vezes mais plástico do que a Malásia, que destina 9% deste tipo de rejeitos nos oceanos, e a China, 0,6%.
O que explica a posição do Brasil no ranking pode ser mostrado através de uma combinação de fatores: grande população e má destinação do lixo. Devido ao preço acessível do plástico, o consumo deste material no Brasil é muito grande, o que não seria um problema se o nosso sistema de reciclagem fosse mais produtivo e eficiente.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), apenas 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são tratados. Isso é um grande atraso, visto que países que estão no mesmo nível de desenvolvimento do Brasil, como China, Argentina, África do Sul e Turquia apresentam uma média de 16% de reciclagem, segundo dados da International Solid Waste Association (ISWA).
Esse baixo nível de reciclagem pode ser explicado por vários fatores, como a falta de conscientização que dificulta a separação do lixo, e a falta de infraestrutura de prefeituras para reaproveitamento do lixo.
