O dia das mulheres não é apenas um dia de comemoração, mas um dia de reivindicamos os direitos femininos dentro de uma sociedade. Muito se evoluiu na luta pelos direitos iguais, e as mulheres cada vez mais estão ocupando espaços e sendo protagonistas e líderes em diversas causas e cenários. A defesa pelo meio ambiente não fica de fora. A luta pela igualdade se confunde com a luta pela ecologia e pela sustentabilidade, visto que ao propor uma forma igualitária da relação entre gêneros, criamos também uma relação de igualdade entre ser humano e meio ambiente.
Por isso, existe uma vertente do feminismo chamada de ecofeminismo, uma corrente que concilia a emancipação das mulheres com a preservação da natureza. vale ressaltar que não é um movimento que não privilegia somente as mulheres, mas todos os seres humanos que buscam o equilíbrio e igualdade nas relações e com o planeta.
Através do ecofeminismo, é possível estabelecer uma mudança de paradigma: ao invés de nos baseamos em relações sociais de dominação, seja das mulheres pelos homens, ou da natureza e a humanidade, é necessário ver a realidade sem essas formas de hierarquia. Desta forma, é possível superar a crise ecológica através de um aspecto social, pois podemos refletir e pensar em como conciliar a natureza com a civilização atual sem prejudicá-la.
Um exemplo de mulher ecofeminista é Ana Maria Primavesi, que dedicou sua vida à defesa do equilíbrio entre homem e meio ambiente e o manejo ecológico do solo, e por isso é considerada a mãe da agroecologia. Ana mostrou ser possível a existência de lavouras produtivas e sem pragas com manejos simples, e usando apenas técnicas biológicas não agressivas.
Por isso, neste dia das mulheres vamos valorizar e incentivar lideranças femininas, sobretudo aquelas que defendem o futuro do nosso planeta. Feminismo e ambientalismo caminham de mãos dadas, e vamos precisar de todo mundo, homens e mulheres, para construir o mundo que queremos!