
15 de abril é celebrado o dia de uma importante causa, mas que ainda é invisível e não muito discutida: o dia mundial da conservação do solo. Esta data é reservada para repensarmos como o solo e a terra estão intrinsecamente ligados com nosso cotidiano, seja na agricultura, ou nos espaços em que moramos, e como é importante cuidar dele na mesma importância que devemos cuidar das nossas florestas e oceanos.
Um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) com participação da Embrapa, revelou que 33% dos solos do mundo estão degradados por erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação e tais impactos geram inúmeros desdobramentos, como a infertilidade do solo.
O solo infértil, danificado e degradado não tem árvores. Impacta assim na captura de carbono, colaborando para a intensificação das mudanças climáticas. No entanto, se manejado de forma correta, vira terreno fértil para crescimento de flora, tornando-se agente importantíssimo na atuação da diminuição das alterações climáticas, por meio do sequestro de carbono.
E é uma agente importante na mitigação da fome. O desgaste e a erosão do solo eliminam cerca de 25 a 40 bilhões de toneladas de solo fértil por ano, o que consiste numa grave ameaça à capacidade de produzir alimento. Já se estima que por ano, perdemos a produção de 7,6 milhões de toneladas de grãos e cereais. Até 2050, se o cenário continuar do jeito que está, ou até piorar, haverá a diminuição total de mais de 253 milhões de toneladas.
Uma solução para o problema do solo é a agroecologia, que contribui para o uso sustentável do solo, respeitando o limite da natureza para o vital equilíbrio do planeta e de nossa vida nele.
Texto: Flávia Sasek/ Revisão: Fernanda Cubiaco