
Bioeconomia é a ciência que trabalha com o propósito de criar produtos e serviços menos agressivos, unindo sistemas biológicos e recursos naturais com as novas tecnologias. Ela também pode ser denominada de economia sustentável, um campo preocupado com o consumo consciente sem destruir o meio ambiente.
A sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente se tornam pautas urgentes, inclusive em grandes empresas. A biotecnologia facilita a criação de processos que se adequam à bioeconomia, como energia renovável, alimentos funcionais e biofortificados, biopolímeros, biopesticidas, medicamentos e cosméticos.
Com a maior conscientização da população a respeito da importância da preservação dos recursos naturais e os efeitos adversos do consumo desenfreado, a sustentabilidade se tornou mais interessante e, consequentemente, originou o crescimento da bioeconomia. De acordo com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), o setor movimenta aproximadamente dois trilhões de euros e gera emprego para 22 milhões de pessoas.
Por contar com uma vasta quantidade de matéria prima como biomassa, corantes, óleos vegetais, gorduras, fitoterápicos, antioxidantes e óleos essenciais, o Brasil tem possibilidades de crescimento no campo da bioeconomia. Além de ser grande produtor de alimentos, fibras e bioenergia e ter boa experiência com biocombustíveis.
A aplicação da bioeconomia é fundamental para o futuro da humanidade. O modelo contribui tanto para a sociedade quanto para o meio ambiente. Auxilia no combate ao aquecimento global, na preservação da fauna e da flora, privilegia o reaproveitamento de resíduos, diminuindo o descarte de lixo na natureza, contribui para a segurança alimentar de milhares de famílias, entre outros.
O crescimento da bioeconomia no país depende do investimento em pesquisas. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, é no Brasil que está localizada 20% das espécies existentes no mundo, a maior parte na Amazônia. Elas são capazes de gerar riquezas, atualmente mais de 245 espécies da flora nacional são utilizadas como base para cosméticos e biofármacos e 36 espécies de plantas servem de base para fitoterápicos. Com investimentos do país em pesquisas, há espaço para maiores descobertas no setor, sem que as florestas sejam prejudicadas.