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O início do inverno e as mudanças climáticas


Hoje, dia 21 de junho de 2023, nos despedimos do outono para dar boas-vindas ao inverno no Brasil. A época mais fria do ano se inicia nesta quarta-feira e dura até o dia 23 de setembro. Como consequência do aquecimento global, vivemos um período de invernos mais quentes com ondas de frio extremo.

Os altos níveis de desmatamento e poluição são responsáveis pelo momento de alterações climáticas que o mundo vem passando. Muito calor, temporais, secas prolongadas e cheias estão cada vez mais frequentes e essa instabilidade tornou-se cada vez mais perceptível pela população.

Conforme explicou o meteorologista Giovanni Dolif, do Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) em São José dos Campos, como forma de impedir que os polos se esfriem demais, a todo momento os sistemas meteorológicos que se formam na atmosfera jogam ventos mais quentes em direção a eles. Enquanto isso, os ares mais frios seguem em direção à Linha do Equador. Com o aquecimento global e a temperatura média do planeta aumentando, esses sistemas ficam mais constantes para buscar o equilíbrio mais rapidamente. O resultado são ventos mais fortes, tempestades e ondas de frio onde antes não tinha.

É comum, portanto, que as estações tenham cada vez mais variações de temperatura durante o seu período. No inverno de um mesmo ano podemos ter dias de calor incomum e dias de frio extremo, chegando até nevar com frequência em cidades do sul do Brasil. No verão, tornou-se cada vez mais frequente tempestades e chuvas de granizo que causam alterações ambientais.

Os impactos das mudanças climáticas são diversos, eles afetam a saúde da população, a reprodução de diversas espécies da fauna e da flora e também a produção de alimentos. Além de alterações no hábitat e nos ciclos reprodutivos, alguns animais passaram a ter modificações em seu tamanho ao longo das gerações.

De acordo com o último relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), grupo de cientistas estabelecido pelas Nações Unidas para monitorar e assessorar toda a ciência global relacionada às mudanças climáticas, mesmo se todos os países cumprirem seus compromissos é provável que não seja suficiente para manter o aquecimento global em um nível necessário para evitar piores impactos.

Apesar disso ainda há esperança, cada fração de grau de aquecimento faz uma grande diferença. Governo, empresas privadas, comunidades tradicionais indígenas e sociedade no geral precisam criar movimento com ações efetivas para frear o aquecimento global e minimizar os danos futuros.


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