A produção, o consumo e o descarte de plástico se tornaram problemas mundiais. Como apenas 10% do material é reciclado, os resíduos acabam parando em rios e oceanos, afetando a vida marinha e, consequentemente, a humanidade. A redução drástica de seu consumo e produção é primordial para enfrentar a poluição que o planeta está passando.
A ingestão de plástico afeta diversos animais, seja na água doce, do mar ou da terra, porém, o ambiente marinho acumula a maior quantidade de registros de ingestão do material, envolvendo mais de 1.200 espécies. A principal preocupação desses resíduos no mar é que eles não se decompõem, mas se dividem em pedaços cada vez menores que tornam-se microplásticos. De acordo com um estudo internacional, existem cerca de 170 trilhões de pedaços de plástico acumulados nos oceanos, isso equivale a 21 mil pedaços para cada habitante da Terra.
De acordo com a Pesquisa “Um oceano livre de plástico”, feita pela Oceana, 70% do resíduo encontrado em limpezas de praias no Brasil é plástico, e um em cada 10 animais que ingerem o material, morrem. Como a maioria dos detritos boiam na superfície, os animais os confundem com alimentos naturais, como as águas vivas, peixes e algas. As mesmas pesquisas apontam que em 29.010 análises em corpos de animais marinhos, entre 2015 e 2019, 3.725 tinham algum tipo de detrito não natural no organismo. Os microplásticos são grandes vilões e já foram detectados em organismos das mais variadas espécies marinhas e, também, no ser humano. Em 2022, pesquisadores holandeses detectaram, pela primeira vez, fragmentos de plástico no sangue de seres humanos. As micropartículas estão no que a gente come, bebe e até no ar.
Para frear essa poluição plástica que vem acometendo os oceanos, alguns hábitos podem ser mudados no dia a dia da população, como por exemplo: evite o consumo de materiais descartáveis; descarte adequadamente o lixo plástico do dia a dia; leve sacolas reutilizáveis ao fazer compras no supermercado; substitua os potes de plástico por recipientes de vidro ou aço. Essas atitudes, ajudam a diminuir a quantidade de plástico descartado e, consequentemente, colabora para a diminuição da poluição dos rios e oceanos.